A área é formada por um conjunto de afloramentos representados por pavimentos irregulares, ravinas e barrancos de beira de morro que podem chegar até 12 metros de altura. O Geossítio corresponde à unidade geológica (Formação Caturrita – Triássico Superior), sendo formado basicamente por intercalações de arenitos e pelitos associados a depósitos de canais fluviais e corpos lacustres. Datações indicam a idade de 225 milhões de anos (Noriano inicial). Esta idade faz desse sítio um local bastante especial, uma vez que outras localidades de idade similar sejam muito escassas no mundo  todo. Atualmente um sítio exclusivamente científico, estudado por cientistas do Brasil e do exterior.

O conteúdo fossilífero deste sítio é diverso e excepcionalmente bem preservado. Há registros de pequenos cinodontes mammaliaformes de elevado interesse científico pela fato de ajudarem a compreender como foi a origem dos mamíferos. Dentre estes, é notória a abundância de Riograndia guaibensis. Porém, são registrados também os táxons: Irajatherium hernandezi e Brasilodon quadrangulares. O sítio também carrega o registro do procolofonídeo Soturnia caliodon e dos lepidossauros Cargninia enigmática e Clevosaurus brasiliesis. Outro registro de grande importância também inclui o possível pterossauro Faxinalipterus mínima, além dos esqueletos fossilizados de tetrápodes, o sítio Linha São Luiz também preserva pegadas de dinossauros de grande porte, conchostráceos e restos de vegetais que dão apoio à hipótese de que determinados níveis deste afloramento poderiam ser de idade Jurássica, tornando essa associação ainda mais única no Estado.

Fotos: Acervo CAPPA/UFSM